Mais um verão se aproxima, sempre acompanhado de uma estranha e inexplicável nostalgia que ela sentia. Aquele vento gelado trazia consigo uma mistura de medo com uma “coisa boa”.
Já passaram-se anos e é sempre a mesma coisa, a toda troca de estação ela fica assim, estranha. Quando era solteira, este sentimento se agrupava ao de solidão, agora que tem companhia, ela sempre lembra de agradecer à Deus por ter alguém do lado, não somente na troca de estação, quando surge este estranho sentimento, mas em todos os dias, a questão é que esta nostalgia lhe traz de volta o tenebroso passado, mas ela não consegue entender exatamente o quê.
O que passou, ela procura não lembrar, não pensar, mas também não esquecer, afinal de contas, foi ele quem à ensinou a ser quem ela é, como ela é, agir como ela age. Talvez no futuro ela mude de ideia, mas por enquanto prefere pensar/agir/ser assim.
Não que sua vida tenha sido sem graça, mas alguns problemas na adolescência refletiram em seu jeito de ser mais tarde, algumas pessoas más apareceram no caminho e lhe deixaram cicatrizes muito profundas, então sempre que alguém remexe em seu passado,Tata procura desconversar, afinal de contas seu passado amargo hoje lhe faz dar mais valor à quem ela tem ao seu lado.
Abre a janela, vem aquele vento frio se misturando ao ar quente. Ela prefere fechá-la e deitar, vai pesquisar em sua mente algo que ela saiba explicar o por quê, afinal tudo aquilo que não se explica é sempre muito estranho…
Nostalgia… tenho tido muito isso ultimamente. Será a proximidade do verão? Natal?
Sei lá…